Selic em alta: para onde vai a taxa de juros e qual o impacto?

A Selic é a taxa básica de juros da economia. A cada 45 dias, ela vira notícia em todo o país, podendo ter aumentado, diminuído ou se mantido estável depois de uma reunião do Copom (Comitê de Política Monetária do Banco Central).

Como a taxa Selic funciona?

Para explicar a Taxa Selic, é necessário voltar a uma necessidade básica do governo: ter dinheiro para fazer investimentos e pagar dívidas. Mesmo que a principal forma de arrecadação aconteça pelos impostos, é possível arrecadar dinheiro com empréstimos também, graças aos títulos do Tesouro Nacional.

Os títulos do Tesouro são certificados de dívida emitidos e vendidos pelo governo, por meio do Sistema Especial de Liquidação e Custódia. Todos que compram o título podem, em determinada data, receber o valor de volta com o acréscimo de juros.

Informações importantes sobre a taxa Selic

A economia brasileira vai perder um forte motor de auxílio ao seu crescimento. Com a escalada da inflação e a sinalização do Banco Central de que novos aumentos da taxa básica de juros (Selic) devem vir à tona, a política monetária retraída terá um papel negativo no estímulo à atividade econômica.

Segundo o relatório Focus (Banco Central), os economistas consultados estimam que a taxa básica de juros possivelmente vai encerrar o ano em 6,5%, ou seja, acima dos atuais 4,25%, permanecendo nesse patamar durante 2022 também.

Em relação aos juros baixos, eles contribuem para um crédito mais barato, gerando vantagem na tomada de recursos para o investimento das empresas e também para o consumo das famílias.

O que acontece se a inflação aumentar?

Quando a inflação aumenta, como atualmente, utiliza-se a política monetária – sobe a Selic – para encarecer o custo do crédito e, dessa forma, esfriar a economia e ajudar no controle do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo.

O principal risco para 2022 está ligado a o comportamento do Federal Reserve, pois se o banco central dos Estados Unidos aumentar os juros para também controlar a inflação por lá, há o risco de uma saída de recursos do Brasil para a economia norte-americana, resultando na desvalorização do câmbio, com grandes impactos na inflação.

Atualmente, a expectativa é que o Fed só suba os juros em 2023.

Existe uma ansiedade do mercado porque, quando olhamos o cenário de atividade e inflação para os Estados Unidos, os riscos estão claramente para cima. É factível que a economia norte-americana passe por um processo de sobreaquecimento.

Os investidores vão olhar, antes de qualquer coisa, quais serão as propostas dos candidatos para a área fiscal do país a partir de 2023.

Para acompanhar de perto os próximos passos da economia e saber como agir nos seus investimentos, conte sempre com o suporte da DOM.

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